Adaptação para todos

É tempo de adaptação! No início do ano letivo, todo mundo está tentando achar seu lugar: pais, educadores e crianças. Para os pais, o ingresso do filho na escola traz emoções parecidas com aquelas sentidas durante o seu nascimento - o filho nasce para o mundo social. Os pais precisam sentir que podem confiar naquela instituição. O professor, por mais experiente que seja, está diante de um novo grupo e o tempo todo precisa readaptar suas propostas. Além de ler as emoções das crianças, também deve perceber as dos pais e ajudá-los a se expressar. As crianças que já frequentavam a mesma escola chegam transformadas pelas férias, com o desafio de se lembrar de como é ser aluno de novo. Será que eu vou dar conta? Aos pequenos que iniciam a vida escolar, há o grande obstáculo a ser superado de conseguir separar-se dos pais e abrir a porta de um novo mundo de descobertas. Por tudo isso a escola, no período de adaptação, deixa um pouco de lado o posto de detentora de conhecimentos para exercer um papel mais maternal, ser primeiro um lugar de acolhimento. É um processo que envolve ansiedade e insegurança de todas as partes e aceitar que esses sentimentos estarão presentes - e está tudo bem - torna tudo mais natural. Aos poucos, todos conseguem se encaixar. Confiar. Separar-se. Construir vínculos. Sentir segurança em relação aos espaços. Saber-se querido. Conhecer a sequência de atividades. "No caso das crianças mais velhas, é preciso ajudá-las a administrar também a empolgação que sentem ao rever os colegas. Se há alunos novos, os veteranos são convidados a serem os porta-vozes da escola, apresentando os espaços e as regras", frisa Anna Marianno, coordenadora do Fundamental 1. "Quando passam a dominar o tempo de ausência em relação aos pais, as crianças pequenas navegam em direção a um tesouro: a possibilidade de ter vivências que serão só delas", explica Ana Lúcia Figueira, coordenadora da Educação Infantil de 0 a 3 anos.

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